terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Noite

E os corpos estão jogados e entrelaçados sobre os tecidos aveludados.
A respiraçao ofegante, a vermelhidão da pele.
Não há qualquer iluminaçao naquele quarto, a única claridade vem do costume dos olhos de fitar a escuridão.
O sentimento de culpa que abraça-os. Erros cometidos de forma explícita. Contentam-se as dúvidas em continuar a caminhada.
Gritos,beijos,gemidos, ações ilícitas...quem as apagará? Foram eternizadas no retrato do tempo.
O cheiro animalesco que o quarto exala, as mechas de cabelo jogadas ao chão. Dores que se disfarçam de amores. Sangue escarlate que escorre pelos lábios culposos. Alegram-se? Encaram-nos como mais uma etapa da morte em vida.