terça-feira, 2 de abril de 2013

A verdade e que não importa se é dor ou gozo que surgem de dentro das mais obscuras profundezas do meu ser...

Tolo aquele que se diz senhor de sua arte! Aquela que torna  belo o lúgubre. Arte! A arte o domina, controla seus pensamentos, sem brecha para uma centelha de razão.
não precisa de lógica, mascára-se no íntimo do homem e lhe entrega lá está, mais um momento de embriaguez, o lúcido não a permite...
A Arte. Tão certa de seus caminhos, comanda seu fantoche com destreza. Não importa o lugar que levará a pobre alma do sonhador de encantos descascados. E, caso apresente-se como felicidade, logo faz o parvo caminhar pela ponte estreita e tortuosa que chamam dor. Mas não importa, é arte...Tao dominante e bela, vacilante...

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Gotinhas de chuva

Tudo parecia mas silencioso do que realmente deveria estar. As gostas de chuva lá fora só aumentavam a angustia dentro de mim, o medo. A incerteza do amanhã. Tudo muito óbvio, mas, mesmo assim, inseguro. Infinitas vozes se foram.O quarto banhado em acinzentada luz da madrugada sem deixar com que meu coração se acalme. O corpo cansado e fatigado pelas peripécias do dia, a alma torta procurando se encaixar em um espaço quase inexistente, mínimo. O calor das canções se foi junto com as vozes. Minha mente agora tão vazia e fraca se perde nas armadilhas do sussurrar das falhas. As alegrias já tão distantes agora que não encontrariam meu corpo como endereço. A fagulha da sanidade pouco se apresenta e tudo parece fraco e nebuloso ao meu ver. Sendo assim, uma dança louca e caída passa por mim e me abraça, varre os meus pés e braços, agarra seus movimentos e os cumprimenta com furor. Aliados, esses membros caem em um sonho brilhante e selvagem, perto de onde dorme algum pesadelo hostil. bailam as gotas loucas que batem perdidas em minha janela e bailam também as angustias embaladas pelas dúvidas. Instantes foram cortados e amarados com custos às falhas da eternidade, uma eternidade tão feia e duvidosa que me faz sorrir de medo.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Mais e mais tolices

Ouvi, então, o barulho surdo do meu orgulho caindo sobre a terra, os passos de quem carrega pra dentro de si mais dor. Senti as palavras pálidas sendo costuradas em uma pele fria e macilenta que já não me pertencia. o choro continua preso dentro das etapas de vida e morte que se lembram de trancá-lo e evitá-lo. Por pouco alguns sonhos também não se perderam, vacilantes, entre as obras de horror que insistem em se pendurar pelas horas alheias. Não, não, não os deixarei fugir nem por rosas - nem Aquela com a mais negra das pétalas, nem por ela-, nem por homens ou pela adorável Dama de Preto-aquela que me convida,mas não me permite entrar-,sim, a Morte. Levarei-os até o lugar elevado que pertencem, mesmo sem saber aonde, mesmo sabendo que aumentarão e transfigurar-se-ão em novas descobertas. Canções de ninar acalmam almas aflitas e embalam os sonhos do coração dançante que não pode ainda se aquietar, por isso dança....

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Um pouco a mais de sentimento

Era um sentimento torto, quase incompreensível. Por hora via-se nele aquela fagulha de veracidade tão cuidadosamente esculpida pelo tempo. Distraía-me aquelas falas embriagadas vindas lá de trás da porta, as vezes parecido com um sussurro, outras acompanhadas por gargalhadas e até um brilho escondido podia notar. E era só. Mas era só? Vinha com suas leves mãos dançantes em minha mente e me desprendia da realidade, sentia-me até mais leve, nada que pudesse ser compreendido como mais que um sonho. As horas sempre mostravam-se um caminho novo a percorrer e estes sempre me levavam para perto de labirintos, que me levavam até minha própria mente. Me perguntava quem eram realmente aquelas pessoas... o que pensam de serem os devaneios em minha mente?

segunda-feira, 12 de março de 2012

Demora

Venha! Venha, Querida Morte! Prove que o tempo em que esperei por Ti não se foi em vão!
Venha,Morte,aproxime-se,amor..
Venha beijar minha fronte como jamais fora Lhe permitido.
Suque, Querida, cada resquício de vida que se aventure no meu ser. Leve Consigo.
Induza-me a mais tortuosa dor e mostre-me que o que sinto ainda pode ser superado! Torture-me! Torture-me até que meu corpo desfaleça vitorioso.
Desmascare cada caminho que esteja intrínsico em minha mente tortuosa e penalize cada um deles.
Faça me sofrer, mostre-me meu sangue.
Oh,Morte, minha bela dama, venha, encontre-me. Quero poder, então, saber como posso desfrutar de sua presença até que eu possa sucumbir na Sua paz. Suplico-lhe para que Tua dor invada cada entranha débil que me pertence.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Possíveis marcas tortuosas

E o meu coraçao tropeçava em seu próprio tamborilar descompassado. Desesperado com as cartas lançadas a mesa. A realida não era óbvia, tampouco majestosa, mas assustava. Fazia as mãos e pernas inquietas. O futuro é incerto e desencanta com sua face esdrúxula, desprovido da alma da certeza, se desfaz em pequenos saltos de zombarias. Por hora,cai, mas o escárnio não se acaba, parecendo eterno. Seu sorriso lúgubre, as mãos fétidas que nos acariciam. A podridão do ser.
Que se chama pecado,então? Que razões mundanas nos levam a pior escala da existência? Por que, então, viver com as marcas desse inferno dentro de nós mesmos?
Quero me desvencilhiar destes temores eternos..

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Não que eu acredite ou espere por uma felicidade eterna, mas a cada gargalhada aumenta o vazio em mim. É como se nem mesmo A Morte fosse uma opção, como se respirar fosse um fardo. E não há ajuda. Entre os batimentos fracos que ainda existe um corpo há uma alma doentia e fétida, derrubada por toda e qualquer tentativa de se salvar. Caminhos foram quebrados para que os pés não caminhassem. Não há mais ponte entre o real e o insano. O lúgubre se apresenta em cada momento de tormento.
E esses risos? Por hora estão aqui, mas são as marcas de um corpo que já náo mais responde por si. Nem no mais profundo dos prazeres me reanima. Anseio por aquelas gotas, pelos urro, pela fumaça. Não, talvez nunca tenham me dado prazer. Se escrevo algo, não faz sentido. Não faz sentido continuar, procuro em ti algum motivo para me contradizer. 0as a Rosa Negra se foi, não morreu, mas se foi, suas pétalas pendem em minhas memórias. Suas pétalas por vez me surpreendem, uma dança de aeu ao redor do outono. Suas pétalas passam pela minha pele como lanças, afiadas demais pra resistir. Então por que ainda insisto? As cores do dia já se mostram táo cinzas, mesmo quando o sol está acariciandoOnos, nada faz sentido... Só o fim resolverá?