terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Um pouco a mais de sentimento

Era um sentimento torto, quase incompreensível. Por hora via-se nele aquela fagulha de veracidade tão cuidadosamente esculpida pelo tempo. Distraía-me aquelas falas embriagadas vindas lá de trás da porta, as vezes parecido com um sussurro, outras acompanhadas por gargalhadas e até um brilho escondido podia notar. E era só. Mas era só? Vinha com suas leves mãos dançantes em minha mente e me desprendia da realidade, sentia-me até mais leve, nada que pudesse ser compreendido como mais que um sonho. As horas sempre mostravam-se um caminho novo a percorrer e estes sempre me levavam para perto de labirintos, que me levavam até minha própria mente. Me perguntava quem eram realmente aquelas pessoas... o que pensam de serem os devaneios em minha mente?

segunda-feira, 12 de março de 2012

Demora

Venha! Venha, Querida Morte! Prove que o tempo em que esperei por Ti não se foi em vão!
Venha,Morte,aproxime-se,amor..
Venha beijar minha fronte como jamais fora Lhe permitido.
Suque, Querida, cada resquício de vida que se aventure no meu ser. Leve Consigo.
Induza-me a mais tortuosa dor e mostre-me que o que sinto ainda pode ser superado! Torture-me! Torture-me até que meu corpo desfaleça vitorioso.
Desmascare cada caminho que esteja intrínsico em minha mente tortuosa e penalize cada um deles.
Faça me sofrer, mostre-me meu sangue.
Oh,Morte, minha bela dama, venha, encontre-me. Quero poder, então, saber como posso desfrutar de sua presença até que eu possa sucumbir na Sua paz. Suplico-lhe para que Tua dor invada cada entranha débil que me pertence.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Possíveis marcas tortuosas

E o meu coraçao tropeçava em seu próprio tamborilar descompassado. Desesperado com as cartas lançadas a mesa. A realida não era óbvia, tampouco majestosa, mas assustava. Fazia as mãos e pernas inquietas. O futuro é incerto e desencanta com sua face esdrúxula, desprovido da alma da certeza, se desfaz em pequenos saltos de zombarias. Por hora,cai, mas o escárnio não se acaba, parecendo eterno. Seu sorriso lúgubre, as mãos fétidas que nos acariciam. A podridão do ser.
Que se chama pecado,então? Que razões mundanas nos levam a pior escala da existência? Por que, então, viver com as marcas desse inferno dentro de nós mesmos?
Quero me desvencilhiar destes temores eternos..

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Não que eu acredite ou espere por uma felicidade eterna, mas a cada gargalhada aumenta o vazio em mim. É como se nem mesmo A Morte fosse uma opção, como se respirar fosse um fardo. E não há ajuda. Entre os batimentos fracos que ainda existe um corpo há uma alma doentia e fétida, derrubada por toda e qualquer tentativa de se salvar. Caminhos foram quebrados para que os pés não caminhassem. Não há mais ponte entre o real e o insano. O lúgubre se apresenta em cada momento de tormento.
E esses risos? Por hora estão aqui, mas são as marcas de um corpo que já náo mais responde por si. Nem no mais profundo dos prazeres me reanima. Anseio por aquelas gotas, pelos urro, pela fumaça. Não, talvez nunca tenham me dado prazer. Se escrevo algo, não faz sentido. Não faz sentido continuar, procuro em ti algum motivo para me contradizer. 0as a Rosa Negra se foi, não morreu, mas se foi, suas pétalas pendem em minhas memórias. Suas pétalas por vez me surpreendem, uma dança de aeu ao redor do outono. Suas pétalas passam pela minha pele como lanças, afiadas demais pra resistir. Então por que ainda insisto? As cores do dia já se mostram táo cinzas, mesmo quando o sol está acariciandoOnos, nada faz sentido... Só o fim resolverá?

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Lookt at my fear

Eu tenho medo. Muito medo. Medo de não me encaixar nas molduras de minhas escolhas, de escorregar nos caminhos que elas me levam, de cair em meus devaneios. E os meus devaneios são tantos, sempre caminhando na linha tênue que separa as peripécias da vida real das abordagens apelativas e desesperadas dos sonhos.
Eu já disse o quanto os sonhos me agradam e assustam? São maravilhosas abordagens de luz e sombra que nos encaminham para o precipício do íntimo, espectrus mansos que nos prendem em algo além de nossa compreensão.
Eu tenho medo, medo de abraçar as asas de minha mente atordoada pelos acontecimentos insanos da vida, medo de que minha alma não volte para casca oca da sanidade.
Gritos no escuro não são propriamente emitidos por ninguém, são fantasmas cheios de si. Amedrontados também, cortando gargantas desconhecidas e se embrenhando com dor alheia.
Queria ter uma luz que me guiasse, talvez até exista, mas não posso ve-la, tão pouco obedece-la... Diga que o sonho acabou,era só um sonho ruim

sábado, 21 de janeiro de 2012

Querida T.

Sinto dizer que perdi tanto tempo me dedicando a um coração que nunca me pertenceu. Sinto tanto sua falta, de ver seus cabelo serem beijados pelo sol, do seu sorriso perfeito, da sua voz, do jeito como fala meu nome, do seu abraço- como sinto falta do seu abraço!-, mas agora já é tarde, já é tão tarde..
Agora,não posso nem me deitar sem que sua imagem se materialize em minha mente.
Desde a primeira vez que seus dedos se fecharam em volta de minhas mão que seus braçoes se entrelaçaram com os meus, eu soube que você era especial, acima de tudo, soube que era especial para mim.
Que falta fizeram as palavras nunca antes ditas por nós. Como poderia negar-lhes?
E se um dia eu já tive lágrimas emoldurando minha alma face, você estava lá, para trazer sua presença e preencher em mim qualquer sensação de abandono. E mesmo assim não percebi o quão fantástica era, o quão fantástica és.
E nós continuamos presos em nossas próprias dúvidas, me pergunto quando terei respotas, se nem mesmo tenho perguntas adequadas.
Nem sem mesmo o que escrevo, se meus dedos me guiam pelas palavras que botam em meu coração, em desespero tremendo.
Só sei que anseio pela sua presença, pelo seu toque. Anseio. Sinto sua falta. E talvez seja irrelevante dizer o quanto te amo, o quanto quero protege-la e vê-la feliz, pois te amo.

Eu te amo.

Espero ter escrito palaras certas, palavras que te penetrem a mente e o coração?