quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Hotellihuone

Aquele quarto de hotel era bem parecido cm muitos outros que eu já estivera. As paredes eram claras, nã exatamente brancas, mas claras, recém pintadas talvez. Não era luxuoso, pode-se concluir isso facilmente, a palavra certa era organização. Não tinha qualquer ítem que se sobressaísse aos olhos, era realmente comum. Eu estava ainda acordada, apesar da hora avançada, além de ter que acordar cedo no outro dia- que viria em pouco minutos. Não me importava. A luz da noite acinzentada penetrava tímida pelas cortinas inúteis que dançavam sutilmente e iluminava o chão limpo, mas ainda sim o lugar estava escuro. Uma sensação quase lúgubre invadiu-me. Pensei em quantas pessoas já haviam se hospedado ali, o que haviam feito, não era um hotel novo. Quantos, então, teriam sido os casais a arrancarem suspiros naquela mesma cama, quantos também choraram, traíram, se desencontraram, se perderam. Olhei para o espelho do outro lado do quarto, vi o reflexo opaco do abajur apagado. Analisei o quarto, estava quente, ao contrário do que demostrava estar lá fora,com o vento se enroscando nas árvores, assoviando baixo. Eu estava sozinha, mas sentia que alguém mais me acompanhava em minha estadia. Fixei de novo o espelho, a ponta da pena do seu chápeu aparecia ali,pouco irreverente, sua silhueta crescia, mostrava suas belas formas enquanto o vestido se abria. Nao via seu rosto, não sei se ria, espero que sim. Estava contente de tê-la ali... Soube assim que adormeceria bem.

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