sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Que da prata venha o ouro...

O céu prateado, levemente azulado, tons escuros, imponente, poderoso, anunciava que dali por diante a chuva viria varrer nossas almas enquanto a água renovada caia sobre nós com furor tremendo.
Inquietação, mas não muita.
O calor sufocava, adentrava-me as narinas aquele vapor quente que tacava. rápidos e lentos eram eus pensamentos, isso desagradava-me, mas não era a hora de julgar o que me caia bem, apenas tentava aceitas o jeito como vinham as torrentes.
As horas caminharam e adiante pude ver que as nuvens cobertas por prata se misturavam com raios de sol estremecidos que tentavam vencê-las. POuco a pouco o fizeram, derrotaram-nas.
Um frescor estranho pairava no ar naquele fim de tarde, algumas aves se atreviam a cantarolar enquanto o sol, já tímido, beijava suavemente a face da mata solene. Eu os assistia. Poupava-me de pensar nas dores, renovava-se em mim as cores.
Crepúsculo belo e cálido.
Os tons de laranjado então tornaram-se rosa, o rosa dançou bela valsa desprevinida e pouco descompassada com os tons púpura e juntas completaram a paleta de cores celeste.
A lua então sorriu, sorriso crescente, e ali ficou, e ali ainda está, não sei se fita-me, as estrelas pouco se mostram, sei bem é que sorri. Sorri pra mim, disso eu sei, tenta espantar o sentimento de morte que tomou meu ser.

Um comentário:

  1. Beleza.

    Dá até pra sentir as mesmas sensações.

    Não corro atrás do tempo, porque o tempo nada faz por mim.

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