segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Queira apresentar-me minha alma

De todos os meus mais distantes e fantasiosos sonhos, de todos aqueles que me faziam mergulhar em profunda agonia, não pensei que pudesse viver coisa pior.
Os meus sentidos são controlados pelas necessidades superficiais as quais meu corpo sucumbe. A dor de não saber me controlar pertence as lembranças de um tempo que nunca existiu. A melodia, o sopro da verdade, entorpece-me para fazer-me acordar das mentiras com as quais me embriaguei.
Talvez um da tenha sido feliz o canto entoado por mim.
Quantos sorrisos, toques, desejos, foram eternizados pela falta da realidade, ânsia de ser feliz.
Como queria eu poder me livrar de tais monstros enquanto estes me agarram e me levam junto a eles para as profundezas de obscuras tardes.
Mas, como as brasas lançadas ao rio, de nada mais valem as lamentações, são coo se o tempo pudesse rever caminho eito pelos ponteiros do relógio.
E aquele anjo que por hora soprava alguma palavras de consolo agora também faz parte a minha rede de incertezas,mas não desperta tamanha dor como as pétalas despedaçadas de minha Rosa Negra.
Por ventura queria poder encontrar,então, tão ditosas palavras esquecidas ao vento pelo tal do Destino, encontrá-las e questioná-las à Morte.
De tal louváveis feitos, por que abrir suas feridas juntamente das lanças que as aumentam?
Das flores que se encontravam no jardim, poucas eram aquelas que despertavam a minha atenção,mas somente o brilho do seu toque aveludado foi capaz de me trazer para junto de ti, tão encantada como a melodia que nos embalava em um tempo irreal.
De modo que caio sempre nas mesmas palavras, mesmas melancólicas dores, mesmos sorrisos artificiais, levando sempre ao mundo as mesmas lágrimas doentias, queixando-me dos mesmo problemas. Mas que culpam teem da forma com que as circunstâncias me fazem sempre sucumbir?
Queria conhecer o antídoto que me faria viver como todos gostariam que vivesse, que reduziria a forma rápida com que o meu pensamento tropeça.
Queira, por favor, apresentar-me minha alma, faça-me amá-la e não feri-la.

Um comentário:

  1. Apresento minha amiga Carol Beck.

    Muito obrigado por seu comentário no blog "Contos Góticos".

    Parabéns por seu trabalho. Gostei demais da sua Direção de Arte em fundo preto com letras brancas e vermelho berrante de sangue / batom. São as cores certas e mais elegantes. Tem tudo a ver com a ambientação de seus textos.

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